Franzino garoto de origem humilde, o ex-meia, volante e ponta de lança PAULO ISIDORO DE JESUS, aos 55 anos, dedica grande parte do seu tempo a pescarias e a treinar meninos carentes. O ex-craque de Atlético-MG, Grêmio, Cruzeiro e Seleção Brasileira tem dois núcleos de formação de atletas, em Minas, onde ensina a crianças e adolescentes. Nasceu em Matosinhos, em julho de 1953, e se divide entre Sete Lagoas e sua cidade natal.
Começou no ATLÉTICO MINEIRO, no início dos anos 70. Em 74, foi emprestado, juntamente com Toninho Cerezo, para o Nacional de Manaus. Retornou no ano seguinte. Quem o lançou no time principal foi o mestre Telê Santana. Campeão mineiro de 76 e 78, foi para o GRÊMIO em 79, trocado com o performático Éder Aleixo. Ganhou o gauchão em 79, 80, e o Brasileiro de 1981. No SANTOS, foi campeão Paulista em 1984. Retornando ao Galo, levantou os canecos mineiros de 85 e 86. Esteve depois no GUARANI e outros clubes, encerrando a carreira na INTER DE LIMEIRA.
O Tiziu até pensa em ser técnico profissional de futebol. Mas não fixa prazos. Pretende fazer cursos e se preparar para a nova carreira. Após abandonar os gramados, foi criar gado de leite e peixes em Pedro Leopoldo, perto de BH. Ainda quando jogava, ele criou a Construtora Isidoro, que faliu.
Ainda costuma participar de partidas de exibição no interior mineiro. Mantém sua forma e continua com o peso variando entre 64 a 66 quilos, que é o da época em que jogava.
Paulo Isidoro por algumas vezes sofreu com pessoas comuns que tentaram se passar por ele. Seu nome esteve nas páginas policiais quando vários de seus cheques (que ele perdeu 1 ano antes) estavam sem fundo e deram um rombo considerável no comércio de BH. Outra vez, surpreendeu-se ao ler nos jornais que fora homenageado na cidade de Madre de Deus/MG. Ele, que no dia da homenagem, estava jogando pelo Galo, no Mineirão, foi visto e até fotografado na cidadezinha. O falso Paulo Isidoro era Vicente, garoto, companheiro de Atlético, ainda em experiência.
Frustração inesquecível - Paulo Isidoro admite que não consegue esquecer a desclassificão da Seleção Brasileira com Telê Santana em 1982, naquela que considera a sua maior frustração no futebol. “As imagens daquele jogo vêm constantemente à memória. Acho que nunca vou esquecer aquela derrota", comentou. Recentemente, Paulo Isidoro reaparaceu na telinha, integrando o júri que escolheu a Musa do Brasileirão, representando o Galo. O Tiziu não é bobo nem nada. É isso aí, guri!
