sábado, 30 de agosto de 2008

VIVA O COMANDO LOTECA!!!

Para comemorar o aniversário do COMANDO LOTECA, neste festivo 30 de agosto de 2008, envio 4 pequenas histórias sobre a nossa LOTECA:

"Nos primórdios da Loteria Esportiva, os volantes eram nominais, obrigando o apostador a preencher o nome em cada volante apostado. Ao longo do tempo, essa regulamentação caiu por terra; entretanto, pela inexperiência de uns, ou criatividade exagerada de outros, ficaram agregadas ao folclore da Loteca situações tragicômicas e surrealistas. Os relatos abaixo são genuinamente verídicos.

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1 - Certo apostador sonhou com sua mãe, falecida recentemente, indicando-lhe no sonho, com a mais absoluta precisão, quais seriam os treze ganhadores. Excitadíssimo com a possibilidade de equilibrar-se financeiramente, marcou um volantezinho e, em homenagem à falecida, subscreveu seu nome no volante. Aguardou com impaciência a chegada do final de semana e, sábado e domingo acompanhou com o maior interesse os jogos pelas emissoras de rádio. Coincidência ou não, acertou todos os jogos!
Lamentavelmente, teve que dividir o prêmio com seus quatro irmãos, já que o cartão premiado, no nome da mãe (falecida), entrou em inventário, com inteira justiça.

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2 - O padre de certa paróquia do interior, fanático por futebol e assíduo da Loteca, arriscava semanalmente um cartãozinho, sempre pensando em aumentar os recursos financeiros da sua igreja. Para não ficar mal com os fiéis ou com sua Diocese, caso acertasse, sempre preenchia o volante em nome do sacristão.
Certo dia: treze pontos! Feliz da vida, comunicou o fato ao sacristão, que se mostrou surpreso pelo uso indevido do seu nome, exigindo como compensação, para receber o prêmio, uma comissão de dez por cento.
O padre, indignado, alegando que o prêmio seria integralmente revertido para os pobres, ofendeu o sacristão, chamando-o de ladrão e outros epítetos censuráveis. Estava criado o impasse: um tinha o cartão - o padre - mas em nome de outrem - o sacristão. A essas alturas, toda a paróquia era sabedora dos mínimos detalhes do ocorrido, tendo sido criada uma comissão, entre os paroquianos, afim de convencer o sacristão a abrir mão da percentagem exigida. Esse, furioso por ter sido ofendido pelo padre, afirmou que, para receber o prêmio, o valor tinha sido reajustado para vinte por cento!!
- Ladrão, ladrão! - exclamava o padre cada vez mais possesso.
Para encurtar a história, depois de idas e vindas, ofensas e contra-ofensas, o prêmio foi finalmente cobrado, cabendo 50% para os pobres da paróquia e 50% para o "ofendido" sacristão, pelos irreversíveis danos morais sofridos, e uso indevido do seu nome ...

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3 - Um colega meu de empresa, leigo de carteirinha em matéria de futebol e incapaz de apostar um centavo, era assediado semanalmente por vizinho de rua, tentando convencê-lo a apostar na esportiva. Tanto insistiu que, o meu colega, certa semana, cedeu e ... milagre dos milagres: acertou (ou acertaram?) os treze pontos; e o melhor, por terem ocorrido algumas "zebras", o teste (naquele tempo não era concurso, era teste mesmo) encontrou apenas três ganhadores, rateando um prêmio compensador, algo assim em torno de 300 mil dólares.
Encerrados os jogos, lá pelas seis ou sete da tarde, tudo era festa, comemoração, caipirinha, tapinha nas costas, e nada do vizinho-sócio (o dos palpites, já que quem "bancou" integralmente o valor da aposta foi o meu colega) ir embora. Pela meia-noite conseguiram despachá-lo.
E não é que na manhã seguinte, nem bem o dia tinha raiado, e o "dono dos palpites" bate na casa do ganhador, acompanhado de um advogado, com um documento datilografado (sou do tempo do datilografado...) dividindo o prêmio, destinando 50% a cada um. O meu colega, previsivelmente, deu um "corridão" nos dois e o assunto foi o tema dominante por várias semanas na cidadezinha de São Leopoldo, Rio Grande do Sul.
Após a intervenção de amigos comuns - e até da imprensa - o meu colega (que jura que daria a metade ao palpiteiro, não fosse o episódio do advogado), após ter a capota do seu carro conversível totalmente furada por quimbas de cigarro, concordou em ceder 20% do prêmio para o vizinho.

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4 - Os três casos acima envolveram jogadores bissextos, sem a menor experiência lúdica. Tragédia maior aconteceu com um apostador que se considerava um verdadeiro profissional e mais, com fama de malandro. Seu casamento, estando por um fio, inclusive com data marcada para a separação definitiva, e com medo de acertar na Esportiva e ter que dividir o prêmio com a esposa, preenchia invariavelmente os volantes apostados em nome da amante.
O final é previsível: acertou os treze pontos e, para gáudio das leitoras, ficou sem a mulher, sem a amante, e sem o dinheiro do prêmio." (Davi Castiel Menda)

Para os cultos LOTEQUEIROS envio também indicação do poema "A loteria da Babilônia" de Jorge Luis Borges. Este clássico desperta debates calorosos. Vale a leitura.

http://www.releituras.com/jlborges_loteria.asp

E VIVA O COMANDO LOTECA!!!!

Um comentário:

JJ4 disse...

SALVE O COMANDO. HONRA E GLORIA.