segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

CHAMPIONS NEWS: PROSIT! BAYERN MUNIQUE NA SUA TELA.


A epopéia continua. Aterrisamos hoje na terra do chucrute.

E olha só, este colunista confessa: tem certa má vontade com o Bayern Munique.

E não é só o colunista. Trata-se do time mais odiado da Alemanha. Inveja, diriam alguns. Que seja. São quase cem mil associados, e uma média de 66.000 espectadores. O Alianz Arena, é um dos melhores e mais modernos palcos do futebol. Aquele negócio de luz vermelha para o Bayern, Luz branca para a seleção alemâ, e luz azul para o 1860 é pura humilhação. Os caras até que tem um rival oficial, o desconhecido e minúsculo TSV 1860 Munique, com quem dividem o Alianz, e para quem nunca perdem. É que também não jogam. O rival não frequenta a divisão de elite. Tanto que alguns preferem dizer que agora o rival é o VfB Stuttgart, o único time decente mais próximo de Munique. Mas não dá nem pro cheiro.

E como se não bastasse, os caras ainda são bancados pela cerveja Paulaner.


Vai se fuder, Bayern de Munique!

Mas uma coisa se deve respeitar na história do clube bávaro.

O futebol alemão inegavelmente caminhou de braços dados com o regime de Hitler. Lançado em 2005, o livro Fussball Underm Hakenkreuz ("O Futebol sob a Suástica", sem versão em português) dissecou a colaboração da federação alemã e de quase todos os clubes com o governo nazista. A conclusão: apenas o Bayern de Munique, que tinha fama de "clube dos judeus" por acolher atletas perseguidos, não se engajou no projeto nazista. Seu presidente, Kurt Landauer, chegou a ir para um campo de concentração.


É claro, o clube não era uma total e absoluta trincheira anti-nazista. O técnico Sepp Herberger, por exemplo, se associou ao Partido Nazista em 1933 e assumiu a seleção em 1937. Continuou no cargo mesmo após a guerra – e foi campeão mundial em 1954.

Se durante a 2ª Guerra o Bayern comeu o pão que o diabo amassou, após a criação da Bundesliga em 1962, se consolidou a hegemonia dos bávaros. São 2 títulos de campeão mundial, 4 Champions League, com um tricampeonato (1973-74, 1974-75, 1975-76, 2000-01), 1 Copa da UEFA, 22 títulos alemães, 21 dos quais após a criação da Bundesliga. 15 Copas da Alemanha. Os idolos máximos são o artilheiro Gerd Miller, Karl Rummenigge, e é claro, Franz Bechenbauer, que aliás começou no 1860 e depois virou a casaca, o malandrão.

Em relação ao confronto com a Internazionale, nas oitavas de final da Champions, o clima entre os bávaros é de confiança e revanche, pela recente derrota na final da edição passada.


Outro dia, na recente vitória do Bayern sobre o Bremen, o jovem Thomas Müller não escapou de levar um sopapo do carequinha holandês Arjen Robben, logo ao final da partida. O jovem atacante alemão reclamou que o holandês não passou uma bola. Tomou na cara. Pau nele. Esse piá deve ser um mala sem alça da pior espécie. Sifudeu.




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