sexta-feira, 4 de março de 2011

QUEM TEM CHAMPIONS NEWS VAI A ROMA.


«A Roma não se discute, se ama!»
(Frase do hino, e lema da Curva Sud)

O giro pelos clubes europeus continua. Dando uma passada pela Cidade Eterna, berço da fina flor da carcamanagem giallorossi, vamos destacar as coisas da A.S. Roma.


A equipe capitolina se constituiu em 1927 graças à fusão de três das equipes de futebol da cidade: a Alba Audace, o Roman e a Fortitudo Pro Roma.


Tal decisão foi tomada tendo em vista o desejo de Italo Foschi, na época secretário da Federação Romana no Partido Nacional Fascista, membro do CONI e presidente da Fortitudo Pro Roma.


Foschi deu corpo à idéia de haver uma equipe esportiva unificada e grande que portasse o nome da cidade de Roma e que pudesse ambicionar maiores resultados. O mesmo aconteceu em diversas cidades italianas, como Florença, Nápoles e Bari, outras cidades do centro-sul que deram vida, através de suas fusões, a clubes maiores que ostentavam o nome da cidade, destacando-a no cenário do futebol profissional. Da fusão que criaria a Roma, também faria parte a Società Sportiva Lazio, mas os bem-nascidos pularam fora do acordo de fusão após a intervenção do general fascista Giorgio Vaccaro, presidente do clube alviceleste, que se opôs à vontade do secretário romano do PNF, o “Partidão”.

A Roma conquistou seu primeiro troféu já na temporada 1927-28, vencendo sobre o Modena a Copa CONI, atualmente denominada Copa Itália.
O fato de estarem representadas nas cores e no símbolo do clube as tradições de Roma, fez que a equipe trouxesse para si imediatamente a simpatia das classes populares dos velhos quarteirões do coração da cidade. Por outro lado, a Lazio, rival local, sempre manteve-se ligada aos ambientes da burguesia citadina de onde surgiu, e ganhou torcedores sobretudo nas fronteiras da província.

Na temporada 1941-42, em plena guerra, a equipe alcança o seu primeiro scudetto, conquistado após a vitória sobre o Modena por 2-0. Na temporada 1950-51, após perder onze partidas por 1-0, o rebaixamento foi inevitável. A única queda para a Serie B da história romanista. No ano seguinte, enfim os romanistas festejaram o retorno para a Serie A.

Em 17 de maio de 1953, a Roma transferiu-se do Stadio Nazionale para o novo Estádio Olímpico. E no verão do mesmo ano contratou do Peñarol o uruguaio Alcides Ghiggia. Sim, aquele mesmo FILHO DA PUTA que calou o Maracanã na final da Copa de 1950 contra o Brasil.

Na temporada 1960-61, o sucesso da Roma atingiu uma dimensão continental, graças à conquista da COPA DAS CIDADES COM FEIRAS, torneio do qual participavam as equipes sediadas em grandes cidades que organizavam feiras internacionais de comércio, e que foi transformada na Copa da UEFA.

Durante estes anos de crescente paixão, na Curva Sud do Stadio Olimpico, zona mais quente da torcida romanista, começou-se a formar e crescer grupos organizados, como o Commando Ultrà Curva Sud (Aliás, por lá passou recentemente um ilustre lotequeiro de casco).

Em 1981, desembarcou em Fiumicino uma das melhores aquisições da história romanista: Paulo Roberto Falcão, denominado na época de “REI DE ROMA”. Nome ofuscado apenas recentemente por Francesco Totti, apelidado de “BAMBINO D’ORO”, e que ainda veste a camisa giallorossa. Estes e o zagueiro brasileiro Aldair, o “PLUTO” (que entre 1990 e 2004, após mais de 400 partidas na Roma, aposentou a camisa número 6) são os grandes nomes da história do clube.

Fabio Capello chegou em 1999 com uma missão que seria cumprida em apenas duas temporadas. O terceiro scudetto da história romanista veio na temporada 2000-01. Nessa barca estavam o capitão Totti, Batistuta, Montella (atualmente o técnico do time), Aldair e o Cafú, este chamado de IL PENDOLINO ('o trem expresso').

Porra, como esses carcamanos gostam de APELIDAR todo mundo!

São em toda a história 3 títulos do campeonato italiano, e 9 Copas da Itália. Aos trancos e barrancos, como sempre foi em sua história, a Associazione Sportiva Roma (4ª maior torcida da Velha Bota) sonha em reverter a sapecada que levou em casa do Shakhtar. Acho que só resta à Roma dar um ARRIVEDERCI pra Champions League...

Um comentário:

Seu Zezo, de olho na Champions disse...

Ghiggia na Roma? Bem que nutria certa antipatia por esta equipe... Pluto foi demais também. hehe