ANÁLISE DA FINAL: por Palulo Vinicius Coelho
O diário espanhol El Mundo Deportivo garante que o Barcelona jogará com a mesma formação da partida semifinal, contra o Real Madrid. Significa Mascherano no meio da defesa, Puyol deslocado para a lateral esquerda. Com Puyol e Piqué na zaga, o Barça não perdeu na temporada. Mas o problema não é esse.
Mascherano é baixo para a zaga e Puyol não dá ofensividade pelo lado esquerdo, ainda que possa marcar bem a Valencia, o homem do lado direito do campo no Manchester United.
Vá lá que o Manchester não faça gols de cabeça -- não marcou nenhum na Liga dos Campeões. Mas melhor seria escalar Adriano ou Abidal na lateral esquerda.
No Manchester United, a opção de Alex Ferguson é de repetir a formação da primeira semifinal contra o Schalke 04.
Há um ponto positivo, outro negativo:
As duas melhores atuações do time na reta de chegada da temporada, os 2 x 0 sobre o Schalke 04 em Gelsenkirchen, os 2 x 0 sobre o Chelsea no Campeonato Inglês, foram disputados exatamente com essa formação ou, no máximo, como O'Shea no lugar de Evra no clássico inglês.
Mas Giggs não ajuda Carrick a marcar o setor onde começam as jogadas de Messi.
Homem da posição central do ataque, Messi não é centroavante. É ponta-de-lança, sai da área, vem receber às costas dos volantes. Por isso, José Mourinho escalou Pepe nessa função. Lembre-se que os dois gols de Messi, no Bernabéu, aconteceram depois da expulsão do zagueiro/volante luso-brasileiro.
Uma opção será ter Fletcher. A vigilância seria maior. Ferguson parece apostar em ter mais posse de bola, o que Giggs garante. Barcelona (68%) e Manchester United (62%) são os dois times de maior média de posse de bola da Liga dos Campeões. Em Roma, há dois anos, Ferguson começou o jogo atacando o Barcelona. O jogo mudou aos 10minutos do primeiro tempo, com o gol de Eto'o, que inaugurou o marcador.
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